Justificação das cores e símbolos

Escudo de ouro. Representa a nobreza e a sabedoria do povo de Silves, bem como, a sua riqueza cultural, desde o tempo de domínio até aos nossos dias, e agrícola, com a produção de frutos secos, de vinhos e de citrinos, da qual se destacam as laranjas, tendo sido criada para a sua promoção a marca “Silves – Capital da Laranja”.

Coroa mural de prata com quatro torres aparentes. Segundo o entendimento actual da Comissão de Heráldica, para as freguesias com sede em cidade e para as freguesias com sede na mesma localidade que o município (como é o caso de Silves) a coroa mural deverá obedecer às mesmas características que a das freguesias com sede em vila, em virtude de, no que respeita à coroa mural, a Lei n.º 53/91 no n.º 2 do artigo 13.º ser omissa quanto às características que esta deve obedecer.

Listel de prata com a legenda em letras negras maiúsculas: “FREGUESIA DE SILVES”.

Bandeira esquartelada de branco e vermelho. A bandeira ostenta esta configuração para se diferenciar da bandeira lisa (vermelha) do município, sendo esquartelada com as cores do brasão do antigo Reino do Algarve, do qual Silves foi a sua capital.

Castelo de vermelho lavrado de negro, aberto e iluminado de prata. Representa o Castelo de Silves, uma das mais notáveis obras de arquitetura militar que os árabes edificaram, sendo o maior castelo do Algarve. Situado no ponto mais elevado da colina em que a cidade assenta, o Castelo apresenta uma planta poligonal irregular, rodeado por uma forte muralha em taipa, revestida a arenito vermelho, o chamado grés de Silves.

Alfange de vermelho e espada de azul, ambos com punhos de negro, passados em aspa. Como símbolo das várias lutas que aqui se travaram, da presença árabe em Silves, representada pelo alfange, e posteriormente pela sua conquista por D. Sancho I e reconquista por D. Paio Peres Correia, representada pela espada.

Campanha diminuta ondada de três burelas ondadas de azul e prata. Representa o rio Arade, que graças à sua navegabilidade contribuiu para que vários povos se fixassem em Silves, tendo a sua proximidade ao mesmo sido também um dos factores que teve forte impacto no desenvolvimento da cidade no período de domínio árabe. O rio, que motivou o desenvolvimento da cidade, veio dar um contributo importante para o seu declínio, agravado pelo assoreamento do mesmo.