D. Sancho

Sancho nasceu em Coimbra,  no dia 11 de novembro de 1154. Foi o quinto filho de D. Afonso Henriques (Afonso I de Portugal) e de Tereza de Leão. Por ter nascido no dia de santo Martinho de Tours, foi batizado com o nome de Martinho.

Aos 15 anos, após a morte do seu irmão primogénito, começou a ser preparado para reinar e o seu nome foi alterado para Sancho Afonso. O rei sofreu então uma grave lesão na perna, durante a batalha de Badajoz, e o jovem Sancho foi armado cavaleiro e passou a auxiliar o conselho de regência que é constituído.

Em 1174, um acordo foi firmado com o casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce de Aragão, irmã do rei Afonso II de Aragão. Desse casamento, que durou vinte anos, iriam nascer 11 filhos.

Em dezembro de 1185, morreu o rei D. Afonso Henriques e o seu filho, tornou-se Sancho I, com 31 anos de idade. Foi coroado na Sé de Coimbra em 9 de dezembro desse mesmo ano.

Em 1178, D. Sancho fez uma importante expedição contra os mouros, que ameaçavam entrar no território português.

A partir de Coimbra, que manteve como o centro de seu reino, terminou com as guerras fronteiriças pela posse da Galícia, concentrando as suas forças na luta para expulsar os mouros situados no sul do território.

Em 1189, aproveitando a passagem de uma armada de cruzados pelo litoral português, Sancho tomou Silves, embora por pouco tempo, pois, em 1991, os muçulmanos recuperaram praticamente tudo até a linha do Tejo. (Silves só foi reconquistada em 1242 no reinado de Afonso II).

D. Sancho I foi o segundo Rei de Portugal e o primeiro a intitular-se Rei de Portugal e dos Algarves. O seu reinado estendeu-se de 1185 a 1211. Recebeu o cognome de “O Povoador”, pois recrutou imigrantes, principalmente de Flandres e da Borgonha, para as povoações mais remotas, com destaque para a cidade de Guarda, fundada em 1199. Entre a sua ação destaca-se a reorganização do território e a criação de condições para o povoamento das várias partes do reino. Preocupou-se também com a necessidade de tornar mais coeso o seu poder enquanto rei, e com esse objetivo lutou contra o forte poder do clero.

Ficou também  conhecido pelos cognomes de “O Velho”, “O Bom”  e “ O Lavrador”. Foi um rei popular e é lembrado pelo seu gosto pela cultura e pelos seus dotes de poeta, deixando várias cantigas d’amigo.

Em Silves, a sua memória permanece imponente, na atualidade à porta do Castelo de Silves.

 

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